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Solidão é risco à saúde, alerta especialistas em Nova Friburgo

  • setembro 12, 2025
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OMS aponta impactos da solidão e isolamento social em mortalidade; especialistas reforçam importância de redes de apoio na cidade

Solidão é risco à saúde, alerta especialistas em Nova Friburgo

Um estudo da OMS aponta que a solidão atinge uma em cada seis pessoas no mundo e aumenta riscos de doenças e mortalidade precoce. Em Nova Friburgo, especialistas destacam que jovens, idosos, pessoas de baixa renda e minorias sociais são os mais afetados. A ausência de vínculos significativos eleva níveis de cortisol, promove inflamação e afeta saúde mental, podendo gerar depressão e ansiedade. Estratégias para enfrentar o problema incluem fortalecimento de laços familiares, participação em atividades comunitárias e voluntariado, bem como redes de apoio como o CVV. Além disso, políticas públicas que incentivem integração social e combate à exclusão são essenciais. Investir em sociabilidade e saúde mental contribui para uma Nova Friburgo mais saudável, resiliente e conectada.

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Solidão prejudicial à saúde em Nova Friburgo

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a solidão afeta uma em cada seis pessoas no mundo e está associada a cerca de 100 mortes por hora. Em Nova Friburgo, especialistas alertam para os impactos da solidão e do isolamento social na saúde física e mental da população local.

Impactos físicos e mentais

Segundo o relatório, a solidão surge da lacuna entre conexões sociais desejadas e as efetivamente mantidas, enquanto o isolamento social corresponde à falta objetiva de contatos significativos. Ambos aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, AVC, diabetes, declínio cognitivo e depressão, além de elevar a mortalidade precoce.

Raul Camílo García, docente de Psicologia da Estácio, reforça que “Somos seres gregários. A vida social e comunitária faz parte da nossa integralidade humana. A direção contrária desse nosso ‘estado’ natural gera consequências na adaptabilidade, levando a sensações de vazio ou não pertencimento, afetando saúde e bem-estar”.

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Grupos mais vulneráveis

Em Nova Friburgo, assim como globalmente, jovens, idosos, pessoas de baixa renda e minorias sociais, incluindo LGBTQIA+, refugiados, indígenas e pessoas com deficiência, são mais afetados. Entre adolescentes locais, estima-se que um em cada quatro possa sofrer isolamento social significativo, enquanto idosos apresentam taxa de aproximadamente um em cada três.

Tecnologia e conexão social

O uso excessivo de telas e interações online negativas pode intensificar sentimentos de solidão, especialmente entre jovens. Contudo, conexões digitais saudáveis podem auxiliar na manutenção de vínculos, desde que não substituam o contato humano presencial. A OMS enfatiza que manter conexões sociais protege a saúde ao longo da vida, tornando comunidades mais resilientes e prevenindo mortes prematuras.

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Redes de apoio e políticas públicas

Para enfrentar os efeitos da solidão, especialistas recomendam fortalecer vínculos familiares, participar de atividades comunitárias e voluntárias e manter interações sociais regulares. Redes de apoio funcionam como “capital social”, oferecendo suporte emocional e senso de pertencimento. Iniciativas como o Centro de Valorização da Vida (CVV) demonstram a importância de sistemas estruturados de acolhimento e prevenção.

García ressalta que “essas iniciativas são essenciais, mas a filantropia não substitui a responsabilidade do Estado na formulação de políticas públicas, especialmente na saúde coletiva”. Modelos internacionais, como os ministérios da solidão no Reino Unido e Japão, tratam o fenômeno com seriedade, servindo de referência para Nova Friburgo e outras cidades brasileiras.

Estratégias diárias

A OMS recomenda práticas simples, como refeições coletivas, passeios a parques e engajamento em atividades voluntárias. Grupos vulneráveis podem se beneficiar ainda mais dessas ações, fortalecendo o senso de pertencimento e a resiliência emocional. Investir em saúde mental e sociabilidade contribui para uma sociedade mais integrada, saudável e menos vulnerável a crises emocionais e físicas.

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