Entenda o impacto do novo reajuste e descubra o que está por trás do aumento de preço do botijão de gás

O gás de cozinha impacta significativamente o orçamento das famílias brasileiras e, a partir de 2 de setembro, seu preço pode aumentar. Entretanto, esse reajuste não está relacionado aos preços praticados pela Petrobras.

De acordo com a Abragás, o aumento deve-se ao reajuste anual dos salários dos funcionários das distribuidoras e revendas de gás. José Luiz Rocha, presidente da Abragás, afirmou: “As distribuidoras já repassaram um aumento de aproximadamente R$ 5 para os revendedores. Estes, por sua vez, ajustam seus custos e elevam o preço final. Assim, ocorre um acréscimo em duas etapas, podendo chegar a R$ 9 por botijão em alguns estados.”

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Atualmente, cerca de 95% da população brasileira utiliza botijões de gás de 13 kg, cujo preço médio nacional é de R$ 102, segundo a Agência Nacional do Petróleo. Embora a Petrobras venda a matéria-prima por pouco mais de R$ 34, o valor final para o consumidor inclui o ICMS e os custos operacionais de distribuição e revenda.

Além do reajuste, o Governo Federal anunciou recentemente o programa “Gás Para Todos”, que pretende fornecer botijões gratuitamente a mais de 20 milhões de famílias até o final de 2025. O objetivo é ampliar o atual “auxílio gás”, porém o projeto de lei que institui o programa ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.

Este será o terceiro reajuste no preço do gás de cozinha em 2024. O primeiro aumento, de aproximadamente R$ 3,00, ocorreu em janeiro, seguido por um segundo reajuste de R$ 5,00 em junho. Com os novos ajustes, o custo do gás continuará a pesar no orçamento das famílias, especialmente durante o mês de setembro, quando ocorre o tradicional reajuste anual.

Entenda o Programa “Gás Para Todos“

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta segunda-feira que o governo federal lançará o programa “Gás Para Todos”, destinado a fornecer botijões de gás gratuitamente a mais de 20 milhões de famílias até o final de 2025. Este novo programa substituirá o atual auxílio-gás, que passará por uma reformulação no próximo ano.

Atualmente, o auxílio-gás, no valor de R$ 102, é distribuído para 5,64 milhões de famílias, representando um custo bimestral de R$ 575,59 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O objetivo do “Gás Para Todos” é expandir esse benefício para quase todos os beneficiários do Bolsa Família, que hoje totalizam 20,76 milhões de domicílios.

O presidente Lula e o ministro Silveira já assinaram um projeto de lei que alocará mais recursos para o novo programa, com um orçamento estimado em R$ 13,6 bilhões para 2026. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será responsável pelo credenciamento das revendedoras que desejem participar voluntariamente do programa.

A ANP também estabelecerá um preço-teto para a venda dos botijões, garantindo que os preços sejam justos e acessíveis. Além disso, o programa “Gás Para Todos” terá um recurso específico para a compra de botijões de gás, separado do Bolsa Família. As famílias poderão retirar os botijões nas distribuidoras credenciadas e regulamentadas pela ANP.

Redação TV Zoom

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