Quatro pessoas foram testadas por apresentarem sintomas da H5N1
Foi confirmado na última quarta-feira, 24, o segundo caso de Influenza Aviária no Brasil. Segundo o Governo do Estado, profissionais da Ambipar, empresa especializada em gestão ambiental, recolheram a ave trinta-réis-de-bando, na praia de Tamoios, em Cabo Frio.
Nenhuma pessoa foi exposta a ave contaminada e até o momento não existem relatos de pessoas contaminadas.
Algumas ações de monitoramento e prevenção já estão sendo realizadas pelas autoridades a fim de controlar a disseminação da doença. Foi divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) um plano de contingência para que seja detectado o mais rápido possível a presença do vírus em qualquer local para que o mesmo seja controlado.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), estão trabalhando em um painel de monitoramento da Influenza Aviária. Será criado um fluxo de comunicação entre a Seappa e a Cievs para diagnosticar qualquer mortalidade de aves suspeitas, assim como pessoas com síndrome gripal com histórico de contato com aves suspeitas.
Os técnicos das secretarias envolvidas ressaltam que não há motivo para pânico sobre uma possível epidemia H5N1. Até o momento, não foi registrado nenhum tipo de contágio de pessoa para pessoa.
Vale ressaltar também que não há ligação entre a infecção e o consumo da carne de ave, nem ovos. A transmissão acontece, apenas, através de contato direto entre a pessoa e o animal infectado, esteja vivo ou morto.
A ave que foi encontrada em Cabo Frio, após ser recolhida, foi enviada ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP), onde foram feitas análises. A SES mantém o monitoramento em Campos dos Goytacazes, para onde foi levada a ave encontrada, em São João da Barra. Quatro pessoas apresentaram sintomas respiratórios e foram testadas para a doença e os resultados deram negativo. Por precaução, o monitoramento destas será feito por dez dias.
Providências sanitárias
Na última segunda-feira, 22, o Ministério da Agricultura decretou estado de emergência zoosanitária em todo território nacional com o objetivo de impedir que a doença chegue aos centros de produção de aves de subsistência comercial, além de preservar a fauna silvestre e a saúde do ser humano.
A SES-RJ alerta os profissionais da saúde durante a triagem e o atendimento médico sobre os casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres. No caso de suspeita a coleta de amostras é recomendada, independente do dia em que os sintomas começaram, incluindo nas UTIs.
Orientações de segurança para população e criadores
A secretaria de Agricultura pede que a população evite contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e migratórias, além de mamíferos aquáticos de todas as espécies. Qualquer suspeita de animal contaminado deve ser comunicada imediatamente ao Núcleo de Defesa Agropecuária ou a Coordenação de Vigilância Ambiental do município.
É aconselhado também que criadores de aves de corte ou postura, avicultura de pequena escala e subsistência, intensifiquem as medidas de biossegurança das granjas, tais como: visitas às unidades de produção devem ser proibidas; Cercamentos e telamento de galpões devem ser conferidos, portões de acesso das propriedades devem ser mantidos fechados; Esterilização de equipamentos e veículos que dão acesso às granjas devem ser realizados. O cuidado com a ração e a água também são indispensáveis. Além dessas medidas, o registro de pessoas e veículos também devem ser feitos.
Foto: Wikimedia Commons
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